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Parte da região Norte do país em baixo d'água enquanto em São Paulo risco de racionamento a qualquer momento

Por Gui Barreto

Desatenção. Prejuízos. Transbordo. Quantas palavras definiriam a situação do Rio Madeira? A capital do Acre tem sido alvo de uma das piores "enchentes" dos últimos anos, e isso não me parece tão valorizado quanto a extrema e desesperadora preocupação com os preparativos para a Copa de 2014. Onde estão os nossos tesouros?
Porque lá estará também o nosso coração. Antes que nos achem antipatriotas, pretendo esclarecer-lhes que essa não é a questão, e sim o quanto a mídia tem dado voz a esse povo, a essa gente, a esses brasileiros, que talvez “anseiem" pelos jogos tanto quanto nós. A Presidente Dilma visitou o local e demonstrou gratidão pelas políticas publicas que estão sendo prestadas para que a situação não seja pior, mas eu diria que a fala de nossa Rainha está associada à maquiagem preparada para esconder isso do mundo. Por mais que o governo faça, ainda sim haverá esperanças tímidas por parte da população, porque não é preciso ver tanto para perceber que o Brasil está completamente voltado para a grama dos palácios de arquibancada, enquanto alguns estados estão adormecendo na pobreza a espera de verdades que ultrapassem papeis e entrevistas. Portanto, vamos aguardar a construção da ponte que ligará o Acre a Rondônia, bom, se for tão rápido e belo quanto às novas construções do Brasil, poderemos sorrir, tendo a certeza que os desalojados não irão ultrapassar o numero de quatro mil desabrigados e famintos. “Famintos" por mais cidadania.
Sociedade e cultura

Rever valores é provocar mudanças

Parte da região Norte do país em baixo d'água enquanto em São Paulo risco de racionamento a qualquer momento

Por Gui Barreto

Desatenção. Prejuízos. Transbordo. Quantas palavras definiriam a situação do Rio Madeira? A capital do Acre tem sido alvo de uma das piores "enchentes" dos últimos anos, e isso não me parece tão valorizado quanto a extrema e desesperadora preocupação com os preparativos para a Copa de 2014. Onde estão os nossos tesouros?
Porque lá estará também o nosso coração. Antes que nos achem antipatriotas, pretendo esclarecer-lhes que essa não é a questão, e sim o quanto a mídia tem dado voz a esse povo, a essa gente, a esses brasileiros, que talvez “anseiem" pelos jogos tanto quanto nós. A Presidente Dilma visitou o local e demonstrou gratidão pelas políticas publicas que estão sendo prestadas para que a situação não seja pior, mas eu diria que a fala de nossa Rainha está associada à maquiagem preparada para esconder isso do mundo. Por mais que o governo faça, ainda sim haverá esperanças tímidas por parte da população, porque não é preciso ver tanto para perceber que o Brasil está completamente voltado para a grama dos palácios de arquibancada, enquanto alguns estados estão adormecendo na pobreza a espera de verdades que ultrapassem papeis e entrevistas. Portanto, vamos aguardar a construção da ponte que ligará o Acre a Rondônia, bom, se for tão rápido e belo quanto às novas construções do Brasil, poderemos sorrir, tendo a certeza que os desalojados não irão ultrapassar o numero de quatro mil desabrigados e famintos. “Famintos" por mais cidadania.

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