Na décima edição da virada
cultural em São Paulo, como de costume, a insegurança e a violência tiveram destaque.
Por Gui
Barreto
Cerca de 1.500
seguranças particulares e 220 bombeiros. Estes são os números que ostentaram a
queridíssima virada cultural, (ocorrida em São Paulo nos dias 17/18) mas, há
uma contradição nessa soma matemática, pois mesmo em sua amplitude numérica, a
violência imperou e correu as ruas paulistanas. Isso porque as pessoas ainda
não aprenderam a se divertir sem sangue.
O que está acontecendo com nosso país? Com os
eventos? Com a liberdade de expressão? A virada cultural, segundo os
noticiários, foi marcada por 80 vitimas, pois é! esta é a quantidade de vidas
que foram levadas para o hospital, e se não bastasse, entre elas cinco foram
baleadas e duas esfaqueadas. Oxi, como diriam nossos festeiros da Bahia, não
era uma noite de diversão? Uai, como diriam nossos mineirinhos, não era pra
celebrar a diversidade musical?
Imagem/fotospublicas.com |
Certamente,
ao nos depararmos com cenários como este, se faz custoso acreditar que a
cultura está nos arredores da cidade, simplesmente porque a violência ainda é
nossa maior inimiga, e mesmo fazendo Beijinho no ombro, as facas e armas
permanecem de plantão. Será que falta preparo dos policiais? Mostre-me uma
certeza que não seja essa! Ainda há muito que ser feito para que a diversão
termine como começou, e falo assim, porque é lamentável sair de casa com desejo
de curtir uma musica bacana, encontrar os amigos, e de repente concluir a
madrugada numa cadeia ou em um leito hospitalar.
E ainda
há quem acredita que realmente a virada é cultural, mas sabe, talvez seja tão
cultural, que ficou descaracterizada, e isso, nos leva mais uma vez a clamar
por mais segurança publica, por mais preparo dos profissionais atuante, e
claro, por cidadãos mais conscientes, para que não venhamos a viver com medo de
sair às ruas, de se divertir, de viver, porque somos o país da copa, e me
parece incoerente um crime a cada palco, a cada evento, a cada esquina, a cada
segundo.
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