Futebol de rua; arte, sonho ou ideal?
É hora de reunir a galera para jogar futebol na rua. A paixão pelo esporte mais popular do país não está somente em assistir aos jogos, mas, também, em serem os atores principais, ou seja, os jogadores, mesmo que não seja propriamente em um campo oficial com grama, com rede nas traves, presença de árbitros, além dos demais requisitos para a realização de uma partida de futebol.
As origens do futebol vem desde a China Antiga, cerca de 3000 a.C., na ocasião os militares chineses praticavam um jogo eu na verdade era um treino militar, surgindo em seguida no Japão Antigo, na Grécia, na Roma até surgir na Inglaterra por volta do século XVII.
Os estudantes ingleses filhos da nobreza iniciaram a prática do futebol organizado e sistematizado semelhantemente aos dos dias atuais. Já no Brasil, o futebol é popularmente praticado nas ruas por jovens e adultos, como forma de passatempo.
Na maioria das comunidades, crianças e adultos se encontra para disputarem aquele futebol de rua, também conhecido como “baba”, “rachão”, “pelada”, entre tantos outros termos que são conhecidos pelo Brasil.
Em entrevista ao especialista em esporte, Ségio Settani Giglio, para entender essa mudança de um esporte de “elite” para um esporte da “periferia”, Settani diz que é preciso recorrer ao processo histórico que
proporcionou essa mudança e também olhar para o contexto social da época. “Sem dúvida, o futebol foi difundido entre os clubes de elite, especialmente por meio da figura de Charles Miller – no caso de São Paulo - que teve um grande mérito: o de difundir a prática do futebol nesses espaços” acrescenta.
Segundo ele, existe na literatura especializada em futebol referências que mostram que o futebol era praticado entre funcionários das companhias elétricas que continham estrangeiros e até índios. A partir dessa informação denota-se o princípio da prática de futebol nas ruas.
Educador físico Sérgio Settani Giglio |
Perguntado sobre o que o futebol de rua representa para os jovens; arte, sonho ou ideal? Settani diz que enxerga o futebol de rua não como sendo algum desses três elementos, para ele esse gênero de futebol representa uma opção de lazer dentre os jovens das comunidades, uma vez que os equipamentos de lazer são insuficientes nesses locais.
Já nos locais onde os centros de lazer satisfazem a todos os moradores, e mesmo assim a prática de futebol de rua existe, Settani diz que isso acontece para integrar, especialmente as crianças daquele espaço. “Logo, as ruas adjacentes podem funcionar como “times” rivais ao da sua rua. Quando isso acontece o futebol passa a ser um espaço de sociabilidade e vivência coletiva” finaliza.
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