Homem: A máquina autodestrutiva
Por Rosângela G. Martins
O ser humano com a sua grande capacidade de raciocínio desbravou o desconhecido, conquistou novos “mundos”, explorou a ciência e trouxe diversas inovações para a sociedade. Parte de tudo o que fora feito pelo homem, hoje traz consigo as suas conseqüências. Dentre elas, os fatores desencadeados pela globalização – aumento populacional, industrialização, consumo, consumismo, urbanização, poluição, entre outros – traduzidos em fenômenos ambientais devastadores tanto para o planeta quanto para a humanidade. Um dos efeitos da utilização demasiada e incorreta dos recursos naturais é o aquecimento global, tratado no documentário “Uma verdade inconveniente” de Al Gore. O aquecimento global é o aumento da temperatura no planeta Terra, causado principalmente pelos raios infravermelhos, o dióxido de carbono e outros gases do efeito estufa, de modo a se incorporar à atmosfera e engrossá-la. A Terra, por sua vez, sofre as consequências do aumento da temperatura, são geleiras derretendo, como no caso do Monte Kilimanjaro e do Himalaia; o furacão Katrina nos EUA em 2005; tempestades de verão, nevascas, tornados e terremotos cada vez mais intensos e constantes. Alterações nas estações do ano também são verificadas, além de mudanças drásticas na biodiversidade e habitat dos animais, muitas vezes ocasionando a morte dos mesmos. É fato que a sociedade como um todo, inclusive os políticos e os grandes empresários, também são responsáveis por esse quadro assustador. É responsabilidade da população cobrar os governantes, mas também de ajudar a modificar este cenário, com atitudes mais conscientes quanto a reduzir, reciclar e reusar adequadamente os recursos naturais. Cabe ao Estado criar leis que viabilizem as atitudes conscientes/inteligentes, seja por parte da sociedade quanto das empresas, e mecanismos que alertem a população para desastres climáticos, como por exemplo, o ocorrido na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, a fim de evitar tragédias que poderiam ser poupadas. O papel das empresas, por sua vez, seria minimizar os efeitos produzidos pelo processo industrial, eliminando os equipamentos/máquinas e ou matéria prima que possam agredir o meio ambiente e substituindo-os por tecnologias novas. Todavia, enquanto o Estado, as Empresas e a Sociedade não se mobilizarem para mudar essa situação, cenas de seca, alagamentos, mortes, extinção de animais, tsunamis, proliferação de doenças e talvez até a mais grave consequência: o fim do planeta Terra e de sua população possa tornar-se realidade e não mera ficção dos filmes americanos, como o de “Um dia depois de amanhã” – em que Nova York é inundada por uma onda gigante –, aí talvez seja tarde demais para voltar atrás e a única solução seja reconstruir tudo novamente. Logo, cuidar do planeta Terra é sim uma atitude de cada um, mas acima de tudo um dever de todos nós.
Nenhum comentário:
Postar um comentário