Por Gui Barreto
É engraçado, triste, porém verdadeiro. Refiro-me a essa desgraçada decomposição do qual nos permitimos ser, assim, frutos de uma desintegração imposta. Onde estão os nossos sonhos? Temos vivido os medos antes de realizar o que amamos. O que pode haver de errado com aqueles que transam nas esquinas? Afeta eles a natalidade? Ué, mas a Dilma não ama as pessoas o suficiente para criar a Bolsa Família? O que recebemos é lavagem ou nos confundiram com porcos reencarnados? Não condenem as minhas palavras, pois elas fazem algum sentido se fores olhar no espelho.
Assusto-me com a ganancia daqueles que se dizem gente. Podem eles comprar o mundo? Precisam consumir todas as lojas? Serão povos para usar tudo ao mesmo tempo? Perdemo-nos no meio do caminho, por algum motivo que não nos foi explicado, tal qual não foi ensinada nas escolas a capacidade de suportar. O que podem esperar os espermatozoides? Serem fabricados em vez de amados? Pois há tantas camisinhas sendo rejeitadas que temo que a indústria de preservativos fique extinta e precise de campanhas religiosas para sobreviver.
Que geração somos nós? Assim, tão cumplices do que o objeto quadrado e colorido nos mostra. Gloriosa e corrosiva TV. Antes que entrem na defensiva, preciso esclarecer que estamos gritando para os ouvidos errados. É ótimo uma geração que sai as ruas, mas seria eficaz, se tivéssemos um povo que levanta mais vezes do sofá. O que achamos do futuro? Espero que não seja isso que estamos vendo, porque no fundo, verdadeiramente e grosseiramente dizendo, creio que o futuro está aqui. Deserto como nós. Vazio como nós, pois sabe o que é, porém está preso naquilo que a sociedade quer.
Espero mesmo, que a salvação ainda esteja por vir, porque se o nosso futuro for tão belo quanto os lixões e ruas esburacadas, talvez não precisássemos que chegasse, mas se for tão generoso e acolhedor quanto às cadeias brasileiras, acreditarei que o paraíso de Adão e Eva está entre nós, porém, se o nosso grandioso futuro tiver a igualdade e compaixão de nossos governantes, creio não precisar de mais nada. Nem mesmo de água e comida.
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