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Quantas máscaras sem rosto humano!

Por Gui Barreto


Era uma festa para adorar os Deuses, e hoje é uma festa para construir Deuses. O que pode ser o carnaval além de um capitalismo disfarçado e uma publicidade desesperada por evolução? Antes, lá na Grécia, a intenção de festejar era pura e simplesmente pelo desejo de agradecer a divindade pelo solo fértil e abundância da natureza, e me parece que hoje “não está“ muito diferente, porém, há questões que ainda não ficaram claras: para agradecer é necessário sair pelado por uma avenida? É tão imprescindível musicas apelativa e fantasias monstruosas? E porque não dizer diabólicas? As cores imperam por todos os cantos durante quatro dias, mas é engraçado, que depois tudo vira cinza, porque as mulheres engravidam sem querer, as doenças gritam de felicidade, as camisinhas, para aqueles que pensam em usar, são deixadas como tintura no chão do sambódromo, de tal forma, que chega a preencher tudo. Luzes e sambas ensurdecem as pessoas, que sabe, estão pouco preocupadas com os problemas sociais, claro, seria estranho se alienados conseguissem enxergar a camuflagem governamental por trás de tantos blocos, desfiles e “ beleza“ . A inspiração carnavalesca veio de Paris, mas aqui, nesse solo chamado Brasil, como sempre, tivemos a graça de inverter valores, pois no carnaval é disponibilizadas milhões de ambulâncias para acolher com dignidade os bêbados, e quando um cidadão ferido ou prestes a ter um infarto necessita desse serviço, há meus caros, as ambulâncias começam a voar. Paradoxo? Não! Falta de vergonha na cara, ops, falta de humanidade atrás das máscaras.

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