Três de maio, uma dona de casa linchada e uma
imensa incoerência. Seu nome é Fabiane Maria de Jesus.
Por Gui Barreto
Trinta e três anos e uma vida perdida. Casos como esses nos fazem apenas refletir sobre a violência de nossos irmãos, porque
se tudo isso faz parte da promessa apocalíptica que diz que nos
últimos tempos o coração dos homens se esfriará, que possamos então buscar por
mais paz, antes mesmo que o inferno se torne o próprio solo.
É lamentável a obscuridade em que muitos vivem,
e quando falo assim, refiro-me ao desejo que um povo tem de fazer justiça com
as próprias mãos, que na maioria das vezes, cometem atitudes equivocadas,
quando na verdade, deveriam reconhecer que ninguém é melhor que ninguém, e que
partindo desse ponto, entende-se que não temos o direito de achar, precisamos
ter mais certeza, antes de nos vermos como Deus.
O que foi feito com essa dona de casa, certamente se
repete todos os dias, mas, quantos ainda precisarão morrer para que a polícia
seja mais veloz? Quantos corpos ainda serão dilacerados nos asfaltos para que
alguns veículos de comunicação deixem
o sensacionalismo exacerbado e inútil? E ainda, precisaremos
abrir quantas covas para percebermos que o Brasil esta no topo dos países mais
violentos do mundo? Alguns dados revelam 52 mil mortes de transito por
ano, 37 mil assassinatos por ano e 6.380 estupros por ano. É, se
estes números não traduzem vergonha nacional, desconfio do que possa
ser ordem e progresso.
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