A comemoração passou de cultural à econômico, graças a rejeição da sociedade.
Por Adriano Machado
A
origem da comemoração permeia o ano de1924, época em que o deputado federal
Galdino do Valle Filho criou uma lei que instituía o Dia das Crianças. Porém, a
data já havia sido constituída por outro político na década de 1920, mas – como
tantas outras comemorações – só ganhou força mesmo na década de 1960 por razões
econômicas.
Por
que 12 de outubro? Pois esta, também é a data em que Cristóvão Colombo
descobriu a América, denominado primeiramente como “Continente-criança” por ter
sido descoberto muito tempo depois que a Europa, conhecida como “Velho
Continente”.
A
aceitação cultural de comemorar o Dia das Crianças não foi de um dia para o
outro. Durante muito tempo ninguém dava bola para a data. Somente nos anos 1960
que o cenário começou a mudar. Nesta época a fábrica de brinquedos Estrela
lançou um programa para promover a venda da boneca “Bebê Rubusto”. Resumindo:
Apesar desse nome exótico, a boneca foi sucesso de vendas. Em seguida, outras
empresas enxergavam na data a oportunidade de aumentarem as vendas de seus
produtos voltados para as crianças.
Ou
seja, o Dia das Crianças, que a sociedade não abraçou culturalmente, os
empresários do setor enxergaram economicamente como um nicho de mercado lucrativo.
Noutros
países, o Dia das crianças é comemorado em datas diferentes. Na Índia, eles
festejam no mesmo dia em que nós comemoramos a Proclamação da República, em 15
de novembro. Os portugueses e os moçambiquenhos comemoram no primeiro dia do
mês de Junho.
E,
por fim, todas as crianças ( e comerciantes) vivem felizes para sempre.
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