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Educação segundo Gui Barreto

Por uma educação além das palavras

Há lugares que deveriam ser sagrados, pois neles estão o conhecimento, a criatividade e os motivos para nunca desistirmos de crescer, mas esse lar, do qual assim prefiro chamar, não deve ter apenas as paredes feitas de cimento, basta que as nossas escolas sejam estruturadas pela consciência cidadã. Consciência tal, que deveria vir em forma de sementes nos discursos de nossos governantes, porque basta olhar para os quatro cantos do Brasil para perceber o quanto a educação está sedenta de apoio, respeito e dignidade.
Se formos um pouco mais ''longe'', perceberemos, ainda que com lágrimas nos olhos, que há terrenos baldios com lona sobre a cabeça dos nossos aprendizes. São esses locais que devem ser chamados de escola? Professores que fazem tudo que podem, e, só não podem mais, porque o governo se preocupa em se apoderar de tudo.  Estamos em um século de tantas evoluções tecnológicas, e nós, intimamente, sabemos que o nosso País é rico, milionário o suficiente para fazer reformas que não fomentam a nossa carente educação.  
Sabemos que o PDE (Plano de desenvolvimento da Educação) visa melhorar os investimentos na área da educação profissional e superior, porém, como acreditar em ''tamanha atitude'' se há lugares longínquos em que existem estádios, mas as escolas estão sem cadeira, sem merenda, sem saneamento básico, na verdade, quase sem esperanças.  Precisamos entender o sentido dos investimentos, porque a educação existe para revolucionar e não para ser mais uma fala ilustrativa de nossos gerentes de gravata.

Temo que estejamos caminhando em vão, pois é triste o cenário que se apresenta, porque sabemos que a educação ainda carece de investimentos mais sólidos. Será que nos esquecemos de que sem conhecimento não há futuro?  Necessitamos perceber que a arte de aprender e ensinar está além do que supostamente tentam dizer os oradores de Brasília. Portanto, que a nossa voz vire a nossa maior arma, pois não se dá para viver em uma sociedade cujos impostos alimentam as conveniências. Precisamos de escolas em que as inundações não passem se quer a beira da porta. São necessários prefeituras e órgãos governamentais mais presentes, e mais do que isso, precisamos ter uma educação a cada passo, e talvez seja esse o nosso maior desafio, principalmente quando ''tentam nos tirar'' a maior riqueza humana: O conhecimento.

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